Açúcares naturais VS adicionados: Afinal, qual é a diferença (e porque importa na alimentação infantil)?

Maio 19, 2025
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Num mundo cheio de rótulos bonitos e promessas saudáveis, uma dúvida surge cada vez mais entre pais atentos: “Este alimento tem açúcar natural ou açúcar adicionado?” E quando aparece aquele tal de “concentrado de fruta”? Ai, complica!

Mas não te preocupes — vamos pôr ordem na mesa e esclarecer, de forma simples, o que distingue estes dois tipos de açúcar e porque isso faz toda a diferença na nutrição infantil.

Açúcar natural: O que é e onde está?

Os açúcares naturais são os que já existem no alimento, tal como a natureza os criou. Por exemplo:

  • Frutose nas frutas;
  • Lactose no leite;
  • Glicose em vegetais e cereais integrais.

Estes açúcares vêm “embrulhados” em fibra, água, vitaminas e minerais. Ou seja, o corpo demora mais a digeri-los — o que evita picos de açúcar no sangue. Para além disso, ajudam na educação alimentar infantil, já que habituam o paladar ao doce verdadeiro, sem exageros.

Na prática? Comer uma maçã, uma banana ou uma fatia de meloa é completamente diferente de beber um néctar “100% fruta” empacotado ou engarrafado.

Açúcares Adicionados: Os Camuflados do Sistema

Já os açúcares adicionados são aqueles que a indústria coloca nos alimentos para os tornar mais doces. E não estamos só a falar do açúcar branco.

Incluem-se aqui:

  • Xarope de glucose e frutose;
  • Mel;
  • Agave;
  • Açúcar de coco;
  • E sim… concentrado de fruta!

Parece natural, mas não é a mesma coisa. O concentrado de fruta, por exemplo, resulta da remoção da água da fruta — ficando só o açúcar. É como se pegasses em cinco maçãs e bebesses só o doce, sem fibra, sem saciedade, sem mastigação. Num produto dito “saudável”, este tipo de açúcar pode ser um verdadeiro lobo com pele de cordeiro.

E Porque é que Isso Interessa Tanto?

Na alimentação infantil, o consumo excessivo de açúcares adicionados está associado a:

  • Aumento de peso e obesidade infantil;
  • Maior risco de diabetes tipo 2;
  • Problemas dentários;
  • Dificuldades de concentração;
  • E vício pelo sabor doce.

Ora bolas — tudo o que queremos evitar, certo?

Por isso, desde a introdução alimentar, é importante ensinar os bebés a gostar do sabor natural dos alimentos. Nada de sumos, bolachinhas “para bebé” com concentrado de uva ou papas “sem açúcar” mas cheias de xaropes escondidos.

Como Evitar os Adicionados e Valorizar os Naturais?

  1. Lê os ingredientes — não é na tabela nutricional que encontras a verdade, é na lista de ingredientes!
  2. Evita produtos com açúcar logo nos primeiros 3 ingredientes.
  3. Oferece fruta inteira, em vez de sumos ou purés prontos.
  4. Faz tu mesmo os snacks — há tantas receitas para crianças simples, sem açúcares adicionados, que são deliciosas e nutritivas!

Exemplos de Lanche Saudável Infantil

  • Bolinhos de banana e aveia no forno;
  • Iogurte natural com manga triturada;
  • Pão escuro com pasta de abacate e tomate cereja.

Simples, naturais e amigos da alimentação saudável para crianças.

E a Alimentação Escolar?

Na alimentação escolar, o ideal seria que os produtos processados fossem limitados e que os menus respeitassem o equilíbrio nutricional. Mas nem sempre é assim, por isso, é importante conversar com a escola, rever os lanches enviados de casa e, sempre que possível, incluir as crianças no planeamento — faz parte da educação alimentar infantil.

Em Resumo

Nem todo o açúcar é igual. O natural vem num pacote completo, cheio de benefícios. O adicionado, mesmo com nomes bonitos, é aquele que queremos limitar — especialmente nos primeiros anos de vida.

A boa notícia? Com escolhas conscientes e uma pitada de criatividade, é fácil montar um cardápio infantil saudável, doce q.b., e cheio de sabor verdadeiro 🍌🥣✨

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