As bebidas energéticas estão em rápido crescimento em Portugal — só em dois anos as vendas aumentaram quase 50% . São promovidas como “combustível” para estudar, praticar desporto ou jogar online, mas a ciência alerta: não são seguras para crianças e adolescentes.
Quantidade de cafeína e açúcar
De acordo com a Johns Hopkins Medicine, muitas bebidas energéticas contêm entre 100 a 300 mg de cafeína por lata— valores equivalentes a 3 ou 4 cafés expressos. Para uma criança de 30 kg, isso pode ultrapassar largamente a dose considerada segura (3 mg/kg/dia segundo a EFSA).
Além disso, podem ter 30 a 50 gramas de açúcar por lata — o que é equivalente entre a 7 a 12 colheres de chá. Muito acima das recomendações da OMS para menores de 18 anos.
Porque os menores são mais vulneráveis
- Metabolismo mais lento: as crianças demoram mais tempo a eliminar cafeína, sofrendo mais efeitos adversos.
- Coração em risco: há relatos de aumento de frequência cardíaca, hipertensão e até arritmias após consumo em adolescentes.
- Sono e aprendizagem: estudos mostram que o consumo regular está associado a insónias, fadiga diurna e menor desempenho escolar.
- Dependência precoce: o consumo frequente aumenta a tolerância à cafeína e pode criar hábitos de difícil reversão.
Evidência científica acumulada
- O BMJ Open (2022) associou o consumo regular de energéticos a maior risco de obesidade, ansiedade e comportamentos de risco em adolescentes.
- A American Academy of Pediatrics afirma que bebidas energéticas não devem ser consumidas por menores de 18 anos.
- A Johns Hopkins alerta ainda que a combinação com álcool (muito comum em festas adolescentes) pode mascarar a perceção de embriaguez, aumentando riscos de intoxicação e acidentes.
O que as famílias podem fazer
- Substituir por alternativas naturais: água, leite, batidos caseiros ou sumos sem açúcar.
- Ensinar literacia alimentar: explicar que “energia” verdadeira vem de sono adequado, alimentação equilibrada e do exercício.
- Ser exemplo: reduzir também o consumo de bebidas com cafeína em excesso em casa.
- Conversar sobre o marketing: desmistificar a ideia de que “todos bebem” e que os energéticos são necessários para rendimento escolar ou desportivo.
Um debate necessário em Portugal
A Direção-Geral da Saúde já admite que a restrição da venda de energéticos a menores pode ser necessária . Outros países já avançaram nesse sentido. Enquanto a lei não muda, cabe às famílias e escolas sensibilizar os jovens.
Porque energia saudável não vem de uma lata, mas sim de sono reparador, refeições equilibradas e brincadeira ativa ao ar livre.As bebidas energéticas estão em rápido crescimento em Portugal — só em dois anos as vendas aumentaram quase 50% . São promovidas como “combustível” para estudar, praticar desporto ou jogar online, mas a ciência alerta: não são seguras para crianças e adolescentes.
Quantidade de cafeína e açúcar
De acordo com a Johns Hopkins Medicine, muitas bebidas energéticas contêm entre 100 a 300 mg de cafeína por lata— valores equivalentes a 3 ou 4 cafés expressos. Para uma criança de 30 kg, isso pode ultrapassar largamente a dose considerada segura (3 mg/kg/dia segundo a EFSA).
Além disso, podem ter 30 a 50 gramas de açúcar por lata — o equivalente a 7 a 12 colheres de chá. Muito acima das recomendações da OMS para menores de 18 anos.
Porque os menores são mais vulneráveis
- Metabolismo mais lento: as crianças demoram mais tempo a eliminar cafeína, sofrendo mais efeitos adversos.
- Coração em risco: há relatos de aumento de frequência cardíaca, hipertensão e até arritmias após consumo em adolescentes.
- Sono e aprendizagem: estudos mostram que o consumo regular está associado a insónias, fadiga diurna e menor desempenho escolar.
- Dependência precoce: o consumo frequente aumenta a tolerância à cafeína e pode criar hábitos de difícil reversão.
Evidência científica acumulada
- O BMJ Open (2022) associou o consumo regular de energéticos a maior risco de obesidade, ansiedade e comportamentos de risco em adolescentes.
- A American Academy of Pediatrics afirma que bebidas energéticas não devem ser consumidas por menores de 18 anos.
- A Johns Hopkins alerta ainda que a combinação com álcool (muito comum em festas adolescentes) pode mascarar a perceção de embriaguez, aumentando riscos de intoxicação e acidentes.
O que as famílias podem fazer
- Substituir por alternativas naturais: água, leite, batidos caseiros ou sumos sem açúcar.
- Ensinar literacia alimentar: explicar que “energia” verdadeira vem de sono adequado, alimentação equilibrada e exercício.
- Ser exemplo: reduzir também o consumo de bebidas com cafeína em excesso em casa.
- Conversar sobre o marketing: desmistificar a ideia de que “todos bebem” e que os energéticos são necessários para rendimento escolar ou desportivo.
Um debate necessário em Portugal
A Direção-Geral da Saúde já admite que a restrição da venda de energéticos a menores pode ser necessária . Outros países já avançaram nesse sentido. Enquanto a lei não muda, cabe às famílias e escolas sensibilizar os jovens.
👉 Porque energia saudável não vem de uma lata, mas sim de sono reparador, refeições equilibradas e brincadeira ativa ao ar livre.