OMS lança “Nutrição para o Futuro”: uma resposta global ao dilema da má nutrição infantil

Maio 20, 2025
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De um lado, crianças com o estômago vazio. Do outro, crianças com excesso de peso e saúde em risco. Entre a fome e o excesso, a Organização Mundial da Saúde lança agora uma jogada ousada: “Nutrição para o Futuro”, uma iniciativa mundial para enfrentar — de uma só penada — dois flagelos da infância moderna.

Uma ideia que junta os pontos

Esta nova estratégia da OMS tem um trunfo: trata a obesidade e a desnutrição como duas faces da mesma moeda. Já não se trata apenas de dar de comer, mas de alimentar bem. Especialmente nos países de baixos e médios rendimentos, onde, paradoxalmente, o prato pode estar vazio… ou cheio de alimentos com pouco interesse nutricional.

Quatro frentes de batalha

A ofensiva está dividida em quatro grandes ações, e todas com os miúdos no centro.

1. Kits alimentares escolares com sabor local
Nada de pacotes standard ou comida sem graça. A aposta é em alimentos frescos, da terra, feitos por mãos locais. Nutrição com sabor e apoio à agricultura regional. Dá gosto, não dá?

2. Formação para quem cuida: pais e professores
Porque o que se aprende em casa e na escola fica para a vida. A ideia é formar quem está na linha da frente: ensinar a ler rótulos, preparar pratos equilibrados e fazer escolhas com cabeça.

3. Muralha contra a publicidade tóxica
Já chega de desenhos animados interrompidos por anúncios a cereais carregados de açúcar. A OMS quer pôr travão à publicidade de ultraprocessados dirigida às crianças, e para isso vai dar uma ajuda aos governos a criarem regras firmes.

4. Plataforma digital de monitorização
Uma espécie de painel de controlo, sempre ligado. Com ele, será possível saber — em tempo real — como anda a nutrição dos mais pequenos em cada canto do mundo. Dados fresquinhos, ações certeiras.

O peso dos números

Os dados falam por si… e gritam, se for preciso.
Mais de 45 milhões de crianças com menos de 5 anos sofrem de baixo peso. Ao mesmo tempo, 39 milhões enfrentam obesidade infantil. É a chamada “dupla carga”, um fenómeno absurdo, mas bem real, que afecta muitos países ao mesmo tempo. Dá que pensar, não é?

Um plano com olhos no futuro

O que distingue esta iniciativa? Várias coisas:
— Junta combate à fome e à má nutrição com prevenção da obesidade.
— Apoia a produção agrícola local, ao invés de soluções importadas e impessoais.
— Aposta forte na educação alimentar e no poder da informação.
— Usa tecnologia de forma inteligente, sem complicar.
— E transforma escolas e meios de comunicação em aliados da boa nutrição.

E na prática, o que muda?

Na escola, as refeições vão ser mais equilibradas e feitas com ingredientes de verdade.
Em casa, os pais vão ter mais ferramentas para orientar os filhos.
Na televisão e nas redes, menos anúncios a comida de plástico.
E os governos? Com dados certos, poderão agir mais rápido e melhor.

Palavra final

“Nutrição para o Futuro” não é só um plano, é um compromisso com uma infância mais saudável, mais justa, mais feliz. Pode muito bem ser a faísca que faltava para inspirar políticas públicas eficazes noutros países.

Quer saber mais? O site da OMS tem tudo explicadinho — vale a pena espreitar. 🌍🥦📊

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