Portugal tem paisagens lindas, comida boa e… um dos níveis mais altos de obesidade infantil da Europa. Sim, infelizmente, é verdade.
O retrato nacional
Segundo o estudo COSI Portugal (2022), quase 30% das crianças entre os 6 e os 8 anos têm excesso de peso ou obesidade. Um dado preocupante — não só pelos números, mas pelas consequências.
A obesidade infantil está associada a:
- Risco aumentado de diabetes tipo 2
- Problemas cardiovasculares
- Baixa autoestima e exclusão social
- Continuação da obesidade na vida adulta
De onde vem este problema?
A causa não é única — é um cocktail de fatores:
- Alimentação desregulada: excesso de ultraprocessados, poucas frutas e legumes
- Sedentarismo: tempo excessivo frente a ecrãs, pouca atividade física
- Padrões familiares: horários irregulares, refeições apressadas ou saltadas
- Publicidade dirigida às crianças: um bombardeamento constante de produtos com baixo valor nutricional
- Desigualdade social: famílias com menos recursos tendem a ter mais dificuldade em aceder a alimentos saudáveis
Como inverter o rumo?
1. Educação alimentar desde cedo
Ensinar o que é comida de verdade, envolver as crianças nas escolhas e na preparação.
2. Mais movimento, todos os dias
Não precisa ser ginásio — correr, andar, dançar, brincar na rua já conta (e muito!).
3. Cortar nos açúcares e processados
Especialmente em bebidas, cereais de pequeno-almoço, snacks “de criança” e sobremesas.
4. Refeições em família, com tempo e atenção
Reduz o risco de excessos, melhora a qualidade nutricional e reforça os vínculos.
5. Apoio profissional
Pediatras, nutricionistas e escolas têm um papel essencial — é um esforço partilhado, não apenas dos pais.
Resumo prático?
A obesidade infantil em Portugal é real — mas reversível. Com informação, ação e apoio certo, podemos ajudar as crianças a crescer saudáveis, confiantes e cheias de energia.